«Os orçamentos da defesa deslocam-se para leste e a
competição cresce no mercado do armamento. Assiste-se à maior explosão do
comércio mundial de armas a que o mundo já assistiu».
O comércio mundial de
armas aumentou de 30% em quatro anos e pode vir a duplicar daqui até 2020, com
o crescimento das exportações da Ásia-Pacífico a ameaçar a dominação americana
e europeia, segundo um estudo publicado em Londres pelo IHS Jane’s, no passado 25/6/13.
As exportações e as
importações de armamento em todo o mundo passaram de 56,5 para 73,5 mil milhões
de dólares (de 43 a 56 mil milhões de euros), entre 2008 e 2012. «A este
ritmo», o mercado poderá chegar aos 100 mil milhões de dólares antes de 2018 e
duplicado em 2020. A parte da Europa ocidental, contudo, tem tendência para
baixar, caindo para 27,5% em 2012 contra 34,5% em 2008, enquanto a parte da
Ásia-Pacífico, incluindo a China, sobe de 3,7% para 5,4%, no mesmo período.
Vários países da Ásia viram as suas exportações duplicar, como foi o caso da
China, que muito claramente melhorou as suas capacidades produtivas e passou do
10º para o 8º lugar na lista dos exportadores mundiais.
«A progressão das
exportações da região Ásia-Pacífico ameaça o domínio americano sobre a
indústria da defesa mundial», sublinha o relatório.
Os orçamentos de
defesa dos países da Ásia-Pacífico devem, além disso, ultrapassar os dos Estados
Unidos e do Canadá até 2021, chegando aos 501 mil milhões de euros (+35%
relativamente a 2013). À cabeça, nesta região, vem a China, seguida da Índia,
do Japão, da Austrália e da Coreia do Sul.
Jorge Palma, Com todo o respeito…
por António Melo
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