As pombinhas da
Catrina,
andaram de mão em mão,
foram ter à quinta
nova,
ao pombal de S. João.
ao quintal da
Rosalina.
Minha mãe mandou-me à
fonte,
eu parti a cantarinha.
água sobe e água
desce,
dei a mão ao meu amor,
não quis que ninguém
soubesse.
dá-me cá os braços
teus,
se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus,
adeus.
(…)
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O espaço do recreio é
um momento de ternura comovente.
As meninas a saltar à
corda, os rapazes a jogar à bola, o olhar do reitor, benévolo, através das
vidraças do seu gabinete. Às vezes, sabe-se, lá vai um chuto com maior
violência, menos pontaria e pim, pam, pum! quebra-se a vidraça e um valente
galo sobressai na fonte desguarnecida do venerando professor.
A conta do vidraceiro desta
vez veio salgada – 2,6 mil milhões de euros. Mas que é isso face à rebeldia dos
sempre irrequietos jotinhas?
Coisas de somenos,
para o olhar embevecido de quem realizou um sonho que alguns diziam impossível
– «um Presidente, um governo, uma maioria».
Venham os contínuos,
que limpem a barafunda e, cantando e rindo, que regressem às aulas os
pedrinhos, os paulinhos e as mariazinhas do nosso encanto.
António Melo
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