Sua
Exª o Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva foi recebido com
uma salva de palmas quando no passado domingo foi à missa na Igreja dos
Mosteiro dos Jerónimos, na companhia do ilustre Primeiro-ministro, Dr. Pedro
Passos Coelho e do não menos ilustre Vice-primeiro-ministro, Dr. Paulo Portas.
A deslocação das
eminentes figuras políticas aos Jerónimos ficou a dever-se ao oficiante, o
novel Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, que sucede ao antigo cardeal
Dom Policarpo, o qual resignou por ter atingido o limite de idade. Dom Manuel
III, como passará a ser conhecido, felicitou todos os fiéis presentes e em
palavras comoventes frisou que a Igreja tem sempre as portas abertas para
receber todos os que nela queiram entrar.
As ilustres
individualidades, depois de assistirem à cerimónia religiosa, num ambiente de
atmosfera pesada, dada a elevada temperatura que se fazia sentir no exterior,
recolheram aos seus domicílios, preferindo não fazer declarações aos
jornalistas e deixando essa função ao senhor Dom Manuel.
À saída, o Presidente
da República foi muito felicitado pelos presentes, sobressaindo damas e
cavalheiros da nossa mais alta sociedade, que lhe agradeceram ter salvado o
país de eleições fora de prazo.
O Presidente, comovido
e visivelmente fatigado, a todos deixou uma palavra de ânimo.
A semana presidencial
vai ser preenchida com audiências aos dirigentes partidários com assento na
Assembleia da República, para os auscultar sobre as propostas que têm para
solucionar a crise política resultante da demissão do ministro das Finanças,
Vítor Gaspar, e a crispação surgida, em consequência da substituição deste
ex-titular, entre o 1º Ministro Passos Coelho e o demissionário ministro dos
Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
As delegações dos
Verdes, do PCP e do Bloco de Esquerda serão recebidas na segunda-feira e, no
dia seguinte, será a vez do PS, do PSD e do CDS. A solução para a crise,
segundo o que veio na imprensa do fim-de-semana, está ultrapassada com a
designação de Paulo Portas para Vice-primeiro-ministro e coordenador da área
económica.
As consequências
destas audiências estão, assim, bem delimitadas e houve quem se interrogasse o
que iam lá fazer as delegações dos partidos que não assinaram o Memorando de
Entendimento com a troika e, ipso facto, se colocaram fora do arco da
governabilidade.
Nesse perspetivar pode
até presumir-se que a sua presença se destina unicamente a conseguir alguma
promoção televisiva à saída das audiências.
É um facto que o PCP,
na coligação CDU, está muito empenhado em obter um bom resultado nas eleições
autárquicas de 29 de Setembro próximo e o mesmo se passa com o PS, que não
esconde a ansiedade de poder vir a ter menos presidentes de câmara do que o
PSD.
Em resumo, dizem
analistas que seguem a política destes partidos, que por um prato de bons
resultados eleitorais nas autárquicas, qualquer deles está disposto a deixar o
XIX Governo seguir o seu rumo, com o apoio sempre empenhado do Presidente da
República.
António Melo
Reparem só naquela força resistente dos trabalhadose e comparem-na com as palminhas da aistocracia ao D. Maanuel Clement( D. ManuelII, não é?). A força está no POVO:
ResponderEliminarA força será sempre do POVO, Graciete.
ResponderEliminarAssim ele a use.
Elisabete
Assim ele a use, têm razão.
ResponderEliminarAssim os dirigentes dos partidos da esquerda compreendam essa força.
A. Melo