segunda-feira, 8 de julho de 2013

Aplausos para Cavaco nos Jerónimos

Sua Exª o Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva foi recebido com uma salva de palmas quando no passado domingo foi à missa na Igreja dos Mosteiro dos Jerónimos, na companhia do ilustre Primeiro-ministro, Dr. Pedro Passos Coelho e do não menos ilustre Vice-primeiro-ministro, Dr. Paulo Portas.
 
 

A deslocação das eminentes figuras políticas aos Jerónimos ficou a dever-se ao oficiante, o novel Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, que sucede ao antigo cardeal Dom Policarpo, o qual resignou por ter atingido o limite de idade. Dom Manuel III, como passará a ser conhecido, felicitou todos os fiéis presentes e em palavras comoventes frisou que a Igreja tem sempre as portas abertas para receber todos os que nela queiram entrar.
As ilustres individualidades, depois de assistirem à cerimónia religiosa, num ambiente de atmosfera pesada, dada a elevada temperatura que se fazia sentir no exterior, recolheram aos seus domicílios, preferindo não fazer declarações aos jornalistas e deixando essa função ao senhor Dom Manuel.
À saída, o Presidente da República foi muito felicitado pelos presentes, sobressaindo damas e cavalheiros da nossa mais alta sociedade, que lhe agradeceram ter salvado o país de eleições fora de prazo.
O Presidente, comovido e visivelmente fatigado, a todos deixou uma palavra de ânimo.
A semana presidencial vai ser preenchida com audiências aos dirigentes partidários com assento na Assembleia da República, para os auscultar sobre as propostas que têm para solucionar a crise política resultante da demissão do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e a crispação surgida, em consequência da substituição deste ex-titular, entre o 1º Ministro Passos Coelho e o demissionário ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
As delegações dos Verdes, do PCP e do Bloco de Esquerda serão recebidas na segunda-feira e, no dia seguinte, será a vez do PS, do PSD e do CDS. A solução para a crise, segundo o que veio na imprensa do fim-de-semana, está ultrapassada com a designação de Paulo Portas para Vice-primeiro-ministro e coordenador da área económica.
As consequências destas audiências estão, assim, bem delimitadas e houve quem se interrogasse o que iam lá fazer as delegações dos partidos que não assinaram o Memorando de Entendimento com a troika e, ipso facto, se colocaram fora do arco da governabilidade.
Nesse perspetivar pode até presumir-se que a sua presença se destina unicamente a conseguir alguma promoção televisiva à saída das audiências.
É um facto que o PCP, na coligação CDU, está muito empenhado em obter um bom resultado nas eleições autárquicas de 29 de Setembro próximo e o mesmo se passa com o PS, que não esconde a ansiedade de poder vir a ter menos presidentes de câmara do que o PSD.
Em resumo, dizem analistas que seguem a política destes partidos, que por um prato de bons resultados eleitorais nas autárquicas, qualquer deles está disposto a deixar o XIX Governo seguir o seu rumo, com o apoio sempre empenhado do Presidente da República.
 
António Melo

3 comentários:

  1. Reparem só naquela força resistente dos trabalhadose e comparem-na com as palminhas da aistocracia ao D. Maanuel Clement( D. ManuelII, não é?). A força está no POVO:

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  2. A força será sempre do POVO, Graciete.
    Assim ele a use.

    Elisabete

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  3. Assim ele a use, têm razão.
    Assim os dirigentes dos partidos da esquerda compreendam essa força.
    A. Melo

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